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Caminhos do Cuidado entra em sua segunda etapa
1 de outubro de 2013

DSC01480[1]O pontapé inicial para a execução da segunda etapa do Projeto Caminhos do Cuidado de capacitação em Saúde Mental, Crack, Álcool e Drogas foi dado no último dia 27 setembro, em Brasília. Nesta segunda etapa serão abertas seleções para orientadores e tutores nos estados de Santa Catarina, Minas Gerais, Rio de Janeiro (interior), Mato Grosso do Sul, Goiás, Pará, Tocantins, Amapá, Bahia e Alagoas (interior) e Amazonas.

Monica Durães, representando o DEGES do Ministério da Saúde, abriu a reunião com a presença de representantes das Escolas Técnicas de Saúde (Etsus) e dos Conselhos de Secretários Municipais de Saúde (Cosems) de quase a totalidade dos 11 estados.

Ela explicou que o projeto faz parte do eixo cuidado, do Plano Integrado “Crack, é possível vencer”. O projeto “Caminhos do Cuidado” é um programa de qualificação de agentes comunitários de saúde (ACSs), auxiliares e técnicos de enfermagem (Atenfs).   Os recursos para o projeto ficam centralizados numa parceria do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica (ICICT) /Fiocruz, mas com execução descentralizada. A coordenação será feita pela Rede Etsus.

Ainda explicando o funcionamento do projeto, Monica destacou que a carga horária de qualificação dos ACSs e Atenfs é de 60 horas com oferta universal e terá que ser finalizado até o próximo ano, um curto espaço de tempo para execução.

“Os Cosems são parceiros essenciais na execução das ações junto as escolas que, junto aos municípios poderão articular a liberação deste trabalhador da saúde para aprimorar a sua formação”, disse.  Mônica acrescentou que a proposta do projeto Caminhos do Cuidado foi elaborada pelo Departamento de Atenção Básica (DAB) e pela área de Saúde Mental do Ministério da Saúde com a experiência do Grupo Hospitalar Conceição – GHC, mas na medida em que todos forem se apropriando do material poderão ser dados subsídios para melhorá-lo no decorrer do processo.

Mônica reafirmou que o projeto vem sendo trabalhado em parceria com o Cosems, mantendo assim o olhar diferenciado para a realidade de cada estado. Em um primeiro momento, cinco estados (Rio Grande do Sul, Paraná, Acre, Pernambuco, São Paulo) e o Distrito Federal foram os pilotos do projeto. Estes já vão iniciar as aulas de seus ACSs e Atenfs em 23 de outubro.

Mobilização para a próxima etapa

Na avaliação de Mônica, os seis estados se saíram muito bem, se articulando e fazendo a análise do contexto local junto com os Cosems e as Etsus, definindo como seria operacionalizado em cada estado.

Agora o projeto dará início à qualificação dos trabalhadores da Atenção Básica em mais 11 estados, e na sequência os demais serão chamados a participar, em fevereiro.

Aldiney José Doreto que integra a equipe SGETS do Ministério da Saúde afirmou que o projeto tem sua forma descentralizada na execução e recurso, igual ao Profae, que funcionou bem e possibilitou o nascimento da rede de escolas técnicas na formação de nível médio. “É uma experiência já testada, mas precisa do apoio e reconhecimento das partes e responsabilidades de cada um. A Etsus tem interlocução com os gestores, e é a melhor forma de introduzir este curso no território. É este papel que esperamos destas escolas. Quando colocamos um modelo nacional aplicamos na maior parte do país, mas há que fazer adaptações regionais e estas tem de ser apontadas com certa brevidade para que o GHC possa fazer no decorrer do processo”, ponderou.

Aldiney ressaltou que é importante manter o diálogo aberto, expondo as situações reais. “O caminho do cuidado é uma forma de dar maior visibilidade às escolas”.

Márcia Pinheiro ali representando o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde disse (Conasems) disse que os Conselhos têm como principio claro o apoio para o fortalecimento das Etsus e da saúde pública. “De forma mais incluída e oficial estamos sendo apresentados, hoje, a este projeto do “Caminhos do Cuidado”, a proposta está pronta, mas ela só vai se concretizar se esta conversa no território acontecer de forma real”, ressaltou.

A representante do Conasems agradeceu o convite e a inclusão e disse ser de interesse da entidade dar o suporte e apoio necessários, e completou dizendo que os Cosems e o Conasems querem Etsus fortes. Ela reconheceu que para a conversa ter prosseguimento é preciso esforço e paciência. Ela finalizou dizendo que se o objetivo é algo que resulte em mudança é preciso ser realizado junto com a gestão.

Mônica relatou que os primeiros 06 estados, a articulação com os Cosems foi na localidade e já se tem depoimentos mobilizadores dos gestores que estão apoiando a liberação do profissional sem prejuízo ao serviços”.

Cristina Guimarães, representante do ICICT/Fiocruz, agradeceu as presenças e falou sobre o enorme desafio que a Fiocruz aceitou com o MS e GHC em realizar este projeto de dimensões continentais. Disse ter ficado feliz com o discurso de Márcia, sobre parcerias, sonhos, utopias de construção deste SUS e todas as dificuldades de quando se pensa em formação. “Temos muita conversa para fazer e ruído para desfazer, e na minha crença é possível se tivermos comprometidos. A primeira evidência clara é a presença de vocês”.

Quelen Tanize destacou o modelo piloto que vem sendo realizado nos seis estados, conversado nos territórios, revisto e adequado. “É uma parceria e pela dimensão continental do país só acontece se os atores locais se apropriarem deste projeto na execução”.

Na reunião, Alexandre Medeiros, novo diretor do Departamento da Gestão de Educação (Deges), professor da Paraíba e médico do Saúde Família, se apresentou e falou sobre a pesquisa da Fiocruz recém divulgada reveladora do impacto do crack na sociedade, que preocupa aos gestores e profissionais de saúde. “Ao vermos os problemas decorrentes do uso de drogas relacionadas à saúde mental, os efeitos são de grande proporção. Esta é uma ação prioritária e gigantesca. Uma meta grandiosa para um problema grandioso, que precisa da intervenção do Estado e compromisso de todos”.

Mônica Durães apresentou a criação da identidade visual do projeto, os materiais didáticos como cadernos e guias e o site https://www.caminhosdocuidado.fiocruz.br/. Explicou ainda que as coordenações estaduais do projeto são indicações da Etsus.

Logo depois Edelves Vieira do Grupo Conceição Hospitalar fez a apresentação do projeto.

Cronograma

Lisiane Possa apresentou aos 11 estados presentes às primeiras datas do cronograma de execução da segunda etapa do Projeto Caminhos do Cuidado para serem acordadas. Está prevista a formação de 700 tutores para os 11 estados e, para 14 tutores deverá haver 01 orientador de aprendizagem.

  • Até 25/10/13 – Deverão ser indicados os coordenador estaduais.
  • De 10 a 25/10/13 – Lançamento do Termo de Referência.
  • 10 a 25/10 a 10/11 – Análise de currículo.
  • 11/11/13 – Divulgação da seleção dos candidatos.
  • Entre a 3ª e 4ª semana de novembro – Primeira Oficina Pedagógica de Formação dos Orientadores de Aprendizagem.
  • Entre a 2º e 3º semana de dezembro – Segunda etapa com a Oficina de Formação dos Tutores.

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