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Caminhos do Cuidado: oficina pedagógica para orientadores é realizada em São Paulo
23 de setembro de 2013

O segundo dia da Oficina Pedagógica de Orientadores de Aprendizado do Projeto Caminhos do Cuidado realizada na quinta-feira (19/09), no Centro de Formação de Recursos Humanos Dr. Antonio Guilherme de Souza – Cefor, em Vila Mariana, começou com a realização de uma dinâmica de sociodrama conduzida pelo médico psiquiatra Marco Aurélio Jorge, da equipe pedagógica do projeto.

Os alunos, candidatos a orientadores, formaram duplas e foram convidados a imaginar situações do dia a dia no trato com os tutores e no trabalho com o Ensino à Distância (EAD).  Os pontos positivos e negativos do trabalho, que poderiam vir a surgir, foram encenados.  Alguns apontaram como exemplo de situação-problema, que poderia vir a ocorrer, a questão dos municípios em situação de epidemia de dengue e uma possível dificuldade dos Agentes Comunitários de Saúde de participarem do projeto, por conta disto. Outra preocupação seria um possível “sumiço de tutores” e como essa dificuldade poderia ser contornada.

Os alunos questionaram como poderiam conduzir a relação com os tutores que não acatam as diretrizes dos orientadores. Eles reforçaram que é preciso “amarrar” com as prefeituras a condução do projeto de modo que não haja evasão de alunos por causa de uma epidemia, por exemplo. Os alunos também revelaram suas angústias diante das respostas que devem ser dadas aos tutores.

Os alunos, orientados por Marco Aurélio Jorge, fizeram um dramatização de EAD, onde um simula ser orientador e outros tutores. Houve abordagens de problemas, e o alunos que representaram os tutores falaram de suas dificuldades e do sucesso de cada um suas supostas turmas, enquanto os que representaram os orientadores responderam às indagações.

Ao final, Marcos revelou que os alunos que se passaram por tutores foram orientados por ele a interpretar vários personagens: o tutor que só reclama e não fala do problema no grupo, o mentiroso que sempre diz que está tudo bem, e o que permanece mudo no chat.

Na tarde do segundo dia de oficina, os orientadores pedagógicos discutiram com os alunos, em dois grupos diferentes, o caderno do tutor. No mesmo dia, os alunos conversaram com os orientadores sobre a programação do curso dos Tutores.  Foi feita a programação, junto com o Caderno do Tutor e a orientação das dinâmicas e o aprofundamento das temáticas da programação e do curso voltado aos Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) e Auxiliares e Técnicos de Enfermagem (ATENFs). Foram feitas leituras e abordagem de questões como redução de danos e dependência.

Na manhã de sexta-feira (20/09) foi realizada a avaliação do conteúdo dos orientadores através de uma dissertação dos alunos, com comentário de caso. E, paralelamente, em outra sala aconteceu o Conselho de Classe com a equipe pedagógica.

A seguir foi analisado o conteúdo da avaliação que, futuramente, será realizada com os tutores pela equipe pedagógica com a participação de orientadores.  Ainda na manhã do último dia da oficina de orientadores foi apresentada a programação do curso de Ensino a Distância, pelo professor Alexandre Ribeiro.

Candidatos a orientador falam sobre suas impressões

O enfermeiro, Adauto Martins Soares trabalha na área de vigilância. Ele conta que anteriormente foi enfermeiro do Programa Saúde da Família, por quatro anos, no Ceará. Adauto gostou da metodologia e estratégia do Projeto Caminhos do Cuidado.

“Quando eu cheguei à oficina, fiquei curioso para saber como o tema ia ser tratado. Achei que essa abordagem de sair do foco para o coletivo foi muito interessante, porque oferece diferentes experiências e fortalece o indivíduo para que ele mesmo encontre os caminhos e a saída”. Ele considerou que essa abordagem foi a mais acertada, porque acredita que ela facilitará o trabalho com os agentes, auxiliares e técnicos de enfermagem, que são o público alvo na ponta.

A enfermeira Luana Borges, outra candidata ao processo seletivo de orientadora, considera o Projeto Caminhos do Cuidado uma iniciativa importante para valorizar ACSs e ATENFs, que para ela têm muito a contribuir com a Saúde da Família e Saúde Mental. “Gostei muito da oficina e esse trabalho vai reafirmar o momento de reforma sanitária e psiquiátrica”, completou.

A médica psiquiatra Regina Bichaff, também candidata a orientadora, contou que trabalha com desenvolvimento de recursos humanos na Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo. Ela considerou a oficina intensa e interessante, do ponto de vista dos candidatos terem a oportunidade de entrar em contato com o conteúdo e a proposta pedagógica do curso. “Deu uma possibilidade de começar a entender como vai funcionar o projeto, um desafio muito grande”, comentou.

Para Cecília Cristina Togashi Roselli, enfermeira que trabalha na Vigilância Sanitária Estadual de São Paulo, e outra candidata ao processo seletivo de orientador, a oficina serviu para conhecer melhor o processo informativo e seu material pedagógico. “Também foi importante para entendermos um pouco mais desse processo que se dará nacionalmente. É um processo interessante, necessário, que acontece num momento pertinente porque estamos discutindo as redes no SUS e uma delas é a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)”, finalizou.

Confira Algumas Fotos:


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